Já é Natal e Tem presente,vem ler!!!

   Olá dia vinte quatro de Dezembro chegooooou, aquele dia que passamos um tempão limpando casa, fazendo comida, decorando casa só para no finzinho da noite passar aquela noite especial com as pessoas que tanto amamos.
  E nessa data pra lá de especial, nós do O que li Nos livros queremos desejar a você uma linda e maravilhosa noite de Natal. E que o verdadeiro sentido do natal, que é a morte de Jesus por nós nunca saia de nossas mentes e coração e possamos valorizar esse amor dele por nós o ano todo.
  Natal que é natal tem presentes daqueles que enchem nosso coração de alegria e todo mundo sabe que tudo que um leitor quer é mais leitura. E por isso nesse natal compartilho com vocês um lindo presente que a editora Novo Romance nos deu: Uma linda coleção de contos de natal.
  Imagina poder saber como é o natal dos personagens dos nossos queridos livros, seria bom demais não é? Sabendo disso a editora Novo Romance junto com seus autores lançaram hoje os contos natalinos dos livros já lançados por eles, e tudo isso de graça como todo presente que se preze.
  Têm inclusive contos natalinos de livros já resenhados aqui como, ”Zhoe e o Pássaro” e os “Sonhos de Rita”.

Vai um conto para começar bem o Natal:

 Zhoe e o Pássaro,Um amor para Zhoe

As luzes eram fascinantes. A primeira viagem ao exterior me pareceu um grande desafio. Papito nunca nos
deixou muito à vontade com a liberdade. Hoje, entendo bem tamanha proteção. Precisava zelar por nossa vida.
Uma espécie de dívida com mamãe. Imaginei que, minha primeira viagem para outro país, fosse acontecer por
conta da profissão e, missão, de reconstruir países devastados por desastres naturais e guerras. Contudo, após
a morte de papito e o término dos estudos de Engenharia Civil, resolvi me presentear com alguns dias fora do
Brasil.
Época de natal, casas e prédios enfeitados. A Times Square estava linda. Apresentações culturais por todos os
lugares. Vitrines luxuosas e, grandes letreiros, atraiam os olhares. Parei próximo a um presépio, um dos poucos
naquele local, afinal, Papai Noel reinava absoluto em Nova Iorque. Meu olhar fitou o “pequeno Menino Jesus
na manjedoura” e, ao seu lado, Maria e José. Talvez meus pais tivessem vivido a experiência de, velar por meu
sono, ainda que, algumas horas. Aquele era o primeiro natal em que não teria papito. Quando percebi, estava
cantando em alta voz, uma canção natalina. Acompanhava em meu idioma a canção em inglês.
_Lindo, não acha?
Quem mais pararia suas compras para se encantar com aquele presépio?
_Não pude deixar de ouvi-lo cantar “Noite Feliz” em português. É fantástico quando encontramos alguém de
nosso país por aqui. E, a canção é perfeita.
_Sem problemas. É realmente lindo, o presépio, a canção, encontrarmos pessoas de nossa nação. Ainda não
nos apresentamos, qual o seu nome?
_Não nos apresentamos mesmo. Meu nome é Lis.
_Como a Flor de Lis. Prazer. O meu é Zhoe.
Ela era uma jovem linda. Os cabelos longos e, castanhos, escorriam por sob o gorro. O olhar escondia um
tom de cinza cativamente. Talvez, fossem azuis, mas o inverno os havia desbotado.
_Está a passeio, Zhoe?
_Sim. Minha primeira viagem ao exterior. Uma espécie de prêmio pela graduação e, consolo, pela morte de
meu pai. E, você?
_ Um presente. Também terminei a graduação. Meus pais sabiam sobre esse desejo de novos ares.
_Veio sozinha, sem amigos ou namorado?
_Sozinha, Zhoe. Não tenho namorado. Sou muito romântica e sensível para os homens modernos que encontro
por aí. Raramente algum jovem da minha idade, pararia para ver um presépio e, menos ainda, cantaria
“Noite Feliz” diante dele. Sem contar que, estamos na Times Square, com inúmeras lojas e shows. Quem se
deixaria cativar por um presépio?
_Não vejo um sentido maior para o Natal. Ele existe em função dessa família. Essa pequena e importante
família, retratada aqui.
Percebi que, os olhos de Lis, derramaram algumas lágrimas. Instintivamente, tirei minhas luvas e, com a ponta
dos dedos, sequei sua face. Naquele instante, o tempo parou para nós dois, uma espécie de poema encarnado,
algo que, os estudiosos chamariam de “novels”.
_Desculpe. Ando sensível demais. Sozinha em um país diferente. Essa época do ano é sempre desafiadora,
Zhoe.

_Lis, porque chorou? Nenhuma lágrima nasce em vão. Sempre existe uma razão que, habita entre a sensibilidade e nossas vivências, uma razão que nos faz chorar.
_Você está certo. Não chorei em vão. Têm sido dias difíceis, Zhoe. Minha família está se desfazendo. Desde
que...
Subitamente, Lis abraçou meu corpo e, chorou copiosamente, como se fossemos grandes amigos. E, de fato,
parecíamos nos conhecer profundamente. Sentia que suas dores eram semelhantes as minhas. Mais que isso,
parecia que nos procurávamos há bastante tempo.
Fomos para uma praça e, ficamos até o amanhecer, partilhando sobre nossas vidas. Aquela cidade nunca
adormecia e, fizemos disso, uma metáfora para aquele momento. Meu coração pulsava forte por conhecer
um pouco mais sobre a vida de Lis. Ela, encantadoramente, me ouvia falar sobre a ausência de minha mãe, a
convivência com minhas irmãs, papito e o desejo de ajudar países devastados. De seus ouvidos, omiti apenas a
existência sobre Neriá. Seria muito para aquele encontro.
Papai sempre me disse algo sobre o amor: permita-se conhecer alguém, para poder escolher. Talvez, as horas
que passamos juntos, fosse o anúncio de uma escolha que mais tarde devesse ser feita. Escolher amar uma
mulher por toda a vida... Vimos o sol nascer e, aquecer nossa pele e coração. Ao longe, um pássaro cor de fogo
voava...

Quem quiser ler os outros contos é só me pedir pelo email rezende.ju92@gmail .com 

Então aproveite bastante e tenham um lindo natal!!!!!!!
Beijoos

By O que Li Nos Livros

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